quinta-feira, 23 de julho de 2015
O amor é o que a gente vê todo dia
Quando você percebe que cada linha foi feita para ser escrita por você, quando você se perdoa, compreende, entende, ama. Quando você permite que seu coração se abra para o sentimento mais bonito e lindo do mundo. Nesse momento, você percebe do que a vida é feita. Esqueça os grandes cenários, as grande declarações de amor. Esqueça os contos de fadas, os gestos feitos para a grande platéia, os amores perfeitos de novela. Esqueça, e troque tudo isso pelo carinho no sofá, pelo choro que é consolado pelo abraço forte do outro, troque o épico beijo de reconciliação na chuva, pelo beijo de bom dia do amor cúmplice. Esqueça todas as bobagens da TV, o amor nunca foi aquilo, nunca vai ser aquilo. O amor é o que a gente vê todo dia, é a ligação atendida no meio da madrugada, é o sorriso sereno ao lembrar do outro, é as mãos que se entrelaçam automaticamente. Amor é o sentimento, não de posse, mas de conquista por deixar livre alguém que nunca vai partir. Como o velho Bukowski disse uma vez: “O amor é tudo o que nós dissemos que não era.
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Talvez.
Somos todos tão
pateticamente normais e nos achamos tão incrivelmente especiais. Mas que
geração de merda, como dizia meu avô. Todos ocupados com seus eletrônicos no ouvido,
achando que carregam o peso do mundo nas costas. Todos tão tristes, como se ser
triste, fosse alguma coisa apocalipticamente horrível, melhor, como se ser
feliz fosse o padrão normal a se alcançar. Todos tão deprimidos, como se
depressão não fosse uma doença séria. Estamos todos nós, sentados em nossas
cadeiras, brincado com nossos comprimidos amarelados como eles fossem nossa luz
vital. Então o garoto escuta umas musicas tristes, tira foto com um cigarro
entre os dedos, escreve alguns poemas ruins e agora ele é deprimido? Coisa
nenhuma. Depressão é não querer sair, é não querer tomar banho, é se trancar em
um quarto sem absolutamente nada e não querer ver mais ninguém. Nós criamos
esse maldito mito de felicidade, fodemos com a vida dos pobres garotos da
futura geração os forçando a buscar a vida inteira por uma coisa que não existe.
Enfiamos essa porra de aparelho nos dentes, os deixamos retinhos, brancos e
nos forçamos a mostra-los como se isso fosse a prova de nossa realização
pessoal. Deixa eu te contar uma coisa, não existe tal coisa como essa
felicidade que todos buscam, nós inventamos isso, todos nós. Então olha bem
essa sua mochila garoto, talvez o que esteja pesando em suas costas seja a
quantidade de livros extra que você está carregando.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Isso é outra coisa.
Tenho lido muito ultimamente a frase “Liberdade de expressão
não é preconceito” ou “opinião não é preconceito” então resolvi explicar um
pouco as coisas. Quando você usa de sua “liberdade de expressão” ou de sua “opinião”
para ofender, agredir e proliferar seu discurso de ódio, isso que você chama de
liberdade é considerado preconceito sim e isso é crime. Se você acha que liberdade
de expressão te dá o direito de agredir verbalmente os outros, talvez esteja na
hora de você estudar um pouco ou apenas melhorar seu bom senso. Isso não é
liberdade de expressão, isso é outra coisa. O mesmo vale para sua “opinião”
você tem todo o direito de tê-la, mas a partir do momento em que sua opinião se
transforma em agressão, isso também se torna um crime. Isso não é opinião, isso é outra coisa. E tudo isso, também serve para quem usa tão comumente o “mas” em seus discursos. “Eu até
tenho um amigo negro, mas...”; “Eu até respeito às mulheres, mas”; “Eu até
aceito os gays, mas...”; “Eu não sou preconceituoso, mas...”. Existe uma espécie
de preconceito escondido atrás do seu “mas”, seu “mas” é sim uma espécie de
agressão, seu “mas” não deveria ser usado. Seu “mas” não é um termo explicativo,
isso é outra coisa. Não esconda ou justifique seus preconceitos atrás de termos
como liberdade de expressão ou opinião, porque isso não é liberdade e isso não
é opinião, isso é preconceito. Isso é outra coisa.
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